terça-feira, 30 de outubro de 2007

Beijos que doem





Há beijos que doem, doem porque as verdades que os cobrem são falsas, doem porque talvez por detrás de um beijo esteja uma traição que magoa e arde depois no coração de quem beija e de quem não beija mesmo querendo ser beijado.
Deves estar a pensar que este texto é para ti, estás enganado. Talvez este texto seja um mero desabafo ou uma realidade diferente mas na verdade o que mais dói é o que se beija e depois não se esquece.
Um beijo dói como tudo o que é capaz de nos magoar ou fazer sofrer!
Quando olho para ti gostava que esta fosse a nossa mais bonita história de amor mas depois os teus beijos doem muito, doem como seringas espetadas nos braços de um doente, não sei como comparar, ao que comparar, só sei que depois do beijo escondo a cara no teu ombro e deixo que umas lágrimas me escorram face abaixo.
Os teus beijos doem mas eu gosto e por gostar tanto continuo a deixar que me beijes.

domingo, 21 de outubro de 2007

Oração




"Creio em Deus Pai, Todo Poderoso..."

Se existes oh Deus revela-te agora que preciso de ti,
se existes dá-me a mão e ajuda-me a erguer-me nesta oração,
se existes faz de mim uma pomba como símbolo de liberdade,
um crucifixo qualquer entre as mãos dos que ainda têm fé,
se existes faz de mim o que fizeste com o São Tomé.

Onde estás tu Pai Nosso?

Queria ver-te caminhar sobre as águas da minha vida,
ando perdida na teia do horizonte da estupidez humana,
Vem defender-me como defendeste a Madalena.
"Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra",
eu já atirei a minha...
Lava-me a cara como a Verónica ta lavou enquanto carregavas a cruz,
por mim o Deus, Jesus, sejas tu quem fores,
entre o meu desespero abre o consolo
e ressuscita-me como a Lázaro que consideravam morto.

"Creio em Deus Pai, Todo Poderoso..."

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Soletrar...





Soletro o silêncio em desfiguradas vidas que me rodeiam, desfiguradas e impertinentes nadas, só escuto a voz do coração inquietante e depois mais nada resta a não ser a desconfortante sensação de vazio a nascer dentro de mim, a crescer como uma planta, devagar, solta-se à margem do meu corpo o amanhã que floresce e eu adormeço porque me apetece, só porque me apetece porque a vontade de adormecer é nula.
Calo-me, calo os outros, fico só a pensar como seria não sentir o coração bater ao ritmo da vida, parece mesmo que tudo desaparece assim do nada, quando tens algo para te aquecer perdes a fogueira dos teus passos e só o frio me resta.
Passo tempos infinitos assim a tentar encontrar uma caixa vazia onde permanecer, as caixas tão todas cheias de lamúrios e revoltas interiores que outros inventam. Calo-me outra vez, não vale a pena falar de mais nada porque o momento em que me encontro é assim mesmo. Não me encontro só mas encontro-me sozinha. Contradição? Sim, talvez! Todos têm direito a pensar duas vezes em vez de uma... contradizer-me não mas contradizerem-se sim. Força!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sinfonia de Veneza




Pediste-me um baile de máscaras, levo-te a Veneza...


Primeiro irei contigo, passearei contigo com o mundo inteiro a olhar-nos de longe como se a perfeição de um sentimento assusta-se os demais, bailaremos sobre os canais de veneza e saltaremos as rédeas do sonhos para que tudo se torne demasiado real aos nossos olhos, hoje, quem n ão acredita em nós? Somos o casal perfeito. Ao passarmos sobre a ponte Rialto deixamos que o nosso amor se una numa sinfonia que invade todos os bailes de máscaras, porque a beleza de um baile de máscaras não está na máscara que usas mas sim no coração que tens.
Seremos o melhor casal deste baile inteiro em nem com a rosa negra entre mãos soltaremos o vermelho que se esconde dentro de nós.
Acompanhas-me?