Ontem falei-te de um nome e não quiseste saber, parecias oco por dentro como se eu desconhecesse já que eras oco ou que nada dentro de ti tinha um sentido qualquer que não fosse morte. Ontem precipitei-me a contar-te os meus segredos mas tu não quiseste saber nem mesmo quando eu abri o meu coração e o pintei de negro, aí inclinaste-te para trás e adormeceste, ressonavas como um porco!
Ah a semelhanças entre a mesma espécie é terrível!
Neutralizei a minha dor e chego aqui com o coração preenchido pelo teu espaço, escrevo-te para entender que razão de ser é esta, que mundo é o meu, que espaço tão natural, tão vindouro. Curvo então os meus pecados sob a falésia e num rápido movimento atiro-os junto com o meu corpo.
A morte faz todo o sentido quando dentro e fora de nós mesmos já nada nos sabe a vida.
domingo, 16 de março de 2008
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2 comentários:
deixei-me levar por seres psicadélicos envoltos em noite, licor e fumo de tabaco...
gostei...
passa no meu tambem!
baccio
Simplesmente amei teu blog...intenso...firme...profundo...eu amei tuas palavras, tuas dores... parabens...
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