


Ela surgiu com a faca e o queijo na mão e nem lhe deu tempo para pensar se deveria ou não continuar ali naquele lugar, não lhe deu nem tempo de entender se estava no lugar correcto, se deveria fugir... com o olhar altivo ela o fitou mais do que uma vez e mais do que uma vez o fez recuar a consciência e a certeza.
Ele deixando que o suor escorre-se pela face não escondeu uma certa expressão de medo aprisionada no mais íntimo de si, engoliu em seco meia dúzia de palavras enquanto a garganta parecia secar, devagar, ao olhar dele secava tudo , toda a sala onde estava, todo o espaço em volta que acreditava e que agora duvidava, tudo secou à sua volta só ela permaneceu imóvel, olhando-o com desdém, ele ainda tentou alcançar os pés dela mas o seu braço parecia seco , quase desfeito...
... o último rasgo de luz que ele viu foi o reflexo nítido do olhar negro dela na foice que erguera para lhe cravar.
3 comentários:
Fica à espera que venha a foice e me roube, a mim, a luz dos dias e das noites. Que me roube o som do vento e do mar.
Um beijo,
fn
Dança de Lágriamas,
Gostei muito dos teus textos. Especialmente "Se um dia fossem anos". Também um poema sobre a Liberdade, publicado em agosto.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Abraços, flores, esrelas..
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és linda, e o teu site revela a enorme beleza e a força com que escreves.
grande poetisa dulcíssima mulher
JB
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