sábado, 23 de junho de 2007

Amo-te tempestuosamente
















Vi-te meu amor, vi-te esta tarde perdido entre as ervas do caminho, gritei para ti mas não me escutaste. Vi-te os cabelos curtos que o vento despenteara, vi-te o casaco de sempre e as mãos nos bolsos guardando todas as lembranças boas que nos restam.
Vi-te amor, vi-te antes da chuva começar a cair...
Depois encostei-me à terra molhada e cantei para ti o meu amor, doce melodia, chorei as saudades, chorei as faltas, enrolada em mim fui-te calada. Percorri com os meus dedos a tua pele, embranqueci a viuvez, fechei os olhos e sorri.


Amo-te!


Cai a chuva em tons de melancolia, com ela chegam as recordações, os teus abraços, as tuas palavras proferidas pela tua boca e mesmo aquelas que só em silêncio me dizias, os teus olhos curvados sobre o meu coração, as tuas mãos sempre quentes acenando ao longe... depois, muito depois dos risos redondos só o teu corpo morto num caixão forrado a preto, a tua pele branca, os teus olhos fechados e as tuas mãos frias, os choros e gritos dos outros, o meu coração parado, as minhas pernas a cairem e a minha boca a gritar o teu nome.


Amo-te!

Um comentário:

Anônimo disse...

estou tonto... ;)***