Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tecem caminhos, descem pela minha face em grupo para me morrerem nos cantos da boca, bailam ao som dos soluços e dos gritos silenciosos da minha alma. Dançam baixinho para que ninguém ouça os seus movimentos, de vez enquando ainda se deixam pausar nos cantos dos olhos, ficam ali alguns minutos para depois cairem rapidamente rosto abaixo e já nem os soluços lhes servem de ritmo, nessa hora só querem cair com o corpo que fraco se estende neste chão de medos. Dançam ao bater acelerado do coração, mesmo ao anestesiante bombar do sangue nas veias, são fruto de muitas danças interiores, bailes inteiros de sentimentos que se misturam e co-habitam fraternos. As vezes a mão não as deixa dançar à vontade e tem necessidade de as limpar antes que cheguem aos cantos da minha boca, faz parte da dor, faz parte do sofrimento ter esta mão no rosto a limpar as lágrimas, um gesto prodigioso. Ver depois as lágrimas secarem aos poucos na mão que as esmagou, ver depois o sol secar as lágrimas que não acompanharam a dança até ao fim e ainda me ficaram na face. Dança das lágrimas, pausada, celestial, angelical...
Um comentário:
Minha querida,
Todos nós temos dias, alturas ou temporadas assim... somos simplesmente humanos e não há nada de mal nisso.
O fardo que transportamos não é nada mais que aquilo que conseguimos suportar.
Embora haja dias que nos façam querer voltar para trás, outros ainda que nos façam querer para para sempre... temos de nos obrigar a levantar o rosto e olhar em frente porque há sempre um luz no fundo do túnel... e lá haverá sempre uma mão carinhosa e uma voz afectuosa que nos ouve, compreende e aceita tal qual nós somos.
Somos humanos, com todas as fragilidades e com toda a força que por vezes nos pareçe fugir mas que está lá... é só procurarmos dentro de nós... mesmo que para isso precisemos de ajuda, haverá sempre alguém dispostos a ajudar-nos.
Atenta, atenta que as palavras chegarão trazidas pelo vento e deixa-te levar que a pessoa certa aproximar-se-á com toda a subtiliza e calma... recusa-te á solidão que o ser humano tem na sua natureza a companhia.
Beijos doces***
Postar um comentário