terça-feira, 31 de julho de 2007

(A)Mar



(A) Mar que os meus olhos banhas este amar assim tão intensamente
que as ondas da distância não chegam para todo o sentimento...






Nós somos tão diferentes e tão iguais, as tuas mãos que não toquei são a única coisa que falta, o teu coração que já bate ao som do meu já não faz diferenças, já não existem diferenças só este mar que nos separa, tanta água e ao longe, não é miragem, é um porto seguro, do teu horizonte tu vês os meus braços, do meu horizonte eu vejo os teus e como tudo seria mais fácil se esta água se fosse e pudessemos correr de encontro um ao outro e amar-nos de verdade.
Nós somos tudo o que queremos e sonhamos, como a água que observamos clara e nítida, num vai e vem de emoções não precipitadas, num ir e vir de desejos e de toques que sinto, sinto em mim como se fosse a tua pele a tocar a minha e não a àgua a fazer-me cócegas, como carícias.


Nós somos o toque para lá das águas, a voz que em segredo se revela pura como toda esta transparência na água, somos tudo em tão pouco tempo que é certo desconfiar e não querer criar ilusões. Mas nunca haverá uma ilusão porque a verdade é para ser dita, não importa de que forma, pode ser através da voz, do gesto, de tudo o que nos enche por dentro de vida, tu enches-me de vida não importa como, talvez a nossa verdade seja uma realidade estranha ou talvez seja apenas a verdade que nos escolheu e se assim for não existirá nunca ilusão porque a transparência faz sempre toda a diferença...

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