terça-feira, 17 de julho de 2007

Cravo-me de Amor



Cravo-me de amor em penas que caem como plumas sobre o quarto vazio de ti, depois comparo o rosto que tenho ao que tive quando ainda o percorria em ti e ligeiro-me a sentir este desejo graúdo de ainda puder tocar-te.
Cravo o meu corpo com as tuas palavras e com os teus silêncios e cravo-me ainda com que não me fizeste na perpétua vontade de o desfazer, de desfazer tudo assim em pedaços miúdos que nem o meu amor enorme conseguisse recompor. Cravo-me de amor ainda, despida de ti com o teu perfume a passear no espaço, depois ainda há o cheiro da tua boca a rondar a minha num eco do beijo inglório que restou.
Cravo-me de solidão com o peito arrebatado pela incompreensão ténue e mansa que me atrapalha o sentir violado.

Um comentário:

Fallen Angel disse...

Não veio a Ariane, vim eu... afinal, estamos lado a lado. E se a escrita dela te prendeu tanto... que dizer da tua?..

Inebriante... cumprimentos.

( Voltarei..)