quarta-feira, 18 de julho de 2007

Caimbra do Sentir


E de repente vejo-me enrolada, toda enroscada no sentir bordado de seda, contraiu-se todo em amor cobiçado e quebrou-se tudo , gastou-se a água salgada das lágrimas e os gritos sufocados.
E dói-me tanto que nem sinto nada, dói mais partir-me aos poucos nas encruzilhadas e gemer baixinho fingindo que me dói um pouco.


O sentir incomoda tanto ou mais do que o amor já perdido, enlatado junto com os outros sentimentos impuros que moram no lugar do meu coração, e agarro-me ao que tenho como se não fosse nada, beijando o vazio que se revela enclausurado e grito o que me alicerça como um veneno que rompe e rasga as veias do meu corpo.

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