sábado, 21 de julho de 2007

Desespero



Acumulam-se as ausências e as faltas a um canto... pena de mim por ser assim ou estar assim ou então pena por me deixar ficar assim. Porquê?
Acumulo caminhos que não sigo e perco-me toda em ir e vir por estes bosques de mim que não sei de cor, cravo o peito de dores e sofrimentos e depois curvo-me e enrolo-me em mim só para me sentir uma vez que seja, sentir-me um pedaço viva mesmo que a vida não faça mais sentido.
Bater-me na pele e sentir-me gelada, morta. Bater-me e espancar-me e morrer abraçada ao nada que me resta.

Um comentário:

Joaquim Amândio Santos disse...

como se esfumou a fragilidade aparente desse papel.

no preciso momento em que foi dotado da musculada vontade das palavras!