... e nada restaria dos meus passos senao a breve e ligeira plenitude do sentir-te em mim. Sempre!
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Tecem caminhos, descem pela minha face em grupo para me morrerem nos cantos da boca, bailam ao som dos soluços e dos gritos silenciosos da minha alma. Dançam baixinho para que ninguém ouça os seus movimentos, de vez enquando ainda se deixam pausar nos cantos dos olhos, ficam ali alguns minutos para depois cairem rapidamente rosto abaixo e já nem os soluços lhes servem de ritmo, nessa hora só querem cair com o corpo que fraco se estende neste chão de medos. Dançam ao bater acelerado do coração, mesmo ao anestesiante bombar do sangue nas veias, são fruto de muitas danças interiores, bailes inteiros de sentimentos que se misturam e co-habitam fraternos. As vezes a mão não as deixa dançar à vontade e tem necessidade de as limpar antes que cheguem aos cantos da minha boca, faz parte da dor, faz parte do sofrimento ter esta mão no rosto a limpar as lágrimas, um gesto prodigioso. Ver depois as lágrimas secarem aos poucos na mão que as esmagou, ver depois o sol secar as lágrimas que não acompanharam a dança até ao fim e ainda me ficaram na face. Dança das lágrimas, pausada, celestial, angelical...
3 comentários:
Nada restaria da nossa vida se não fosse sentir alguém em nós.
A minha cor tem vindo a mudar... Muda esse preto de um lágrima caída para o branco brilho da luz do sol sobre cada um dessas tristes lágrimas.
Um beijo
é verdade há sempre muito por conversar, e muito por se dizer, pois NADA é suficiente..lágrimas?? mas que sejam consequência de muitos sorrisos!! Basta de lágrimas de sangue, e de silêncios "obrigados"!!
Bigada pela visita, volta sempre ;)
Presumo que sejas tu na fotografia??? Como fotografia está fantástica! E se fores tu estás muito, mas mesmo muito bem!
Muitos beijinhos!!!
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